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segunda-feira, 4 de abril de 2011

A criação geme...



José Pereira Ramos, joseulina@oi.com.br
Tempo de Quaresma no Brasil é tempo da Campanha da Fraternidade. Campanha muito bem inspirada, que leva o povo católico a meditar com maior profundidade nas verdades bíblicas adaptadas às realidades do nosso tempo. Realidades que necessitam ser preservadas para melhorar a vida e a fé  do povo brasileiro. Precisamos conhecer melhor o que nos afasta e o que nos aproxima de Jesus, o Salvador.
Os temas da Campanha, sempre preparados com antecedência, têm defendido com extraordinária oportunidade, problemas eminentes da nossa sociedade, procurando envolver as autoridades  responsáveis pelos mesmos. Assim tivemos a ministra do Meio Ambiente no Pará, e neste ano a reunião de caráter internacional em Manaus. Projetos e promessas se multiplicam, enquanto as realizações escasseiam. Em Belém, pela ação da Cáritas Arquidiocesana,  foi conseguida água potável para a região das ilhas em frente a Icoaraci.  O tema deste ano, em defesa do planeta, foi de uma oportunidade nunca vista.
Primeiro foram os deslizamentos e desabamentos de casas construídas em lugares perigosos. Mas, no mesmo Estado, nem um incêndio destruindo parte da alegorias de algumas escolas de samba, contiveram os desfiles de Carnaval, e a ambição dos meios de comunicação em cima do grande filão publicitário.
Logo a seguir, terremotos e "tsunami" no Japão, de proporções inusitadas, acrescidos das consequências provocadas pela radiação, provinda da usina de energia atômica atingida.
O que me assusta no momento é que, enquanto outros países chamados adiantados, estão desistindo das usinas nucleares, inclusive o que vendeu e está  vendendo as do Brasil,  buscam outras fontes de energia, o nosso governo continua teimando na instalação de usinas atômicas. E o Brasil é o país que possui maior número de alternativas. Aqui fica o meu protesto.
Mas, voltemos à Campanha da Fraternidade. Já nos primórdios do cristianismo, o apóstolo  Paulo escreveu para os Romanos: "Sabemos que todas as criaturas gemem, e estão com dores de parto até agora."(Rm.8.22) Nós, católicos de hoje, continuamos sentido as mesmas dores. Ainda uma grande parte sem desenvolver o devido esforço para mudar conceitos ou procurar a verdadeira conversão.  
Resta-nos colocarmos a cabeça no lugar e aproveitar o resto da Quaresma para a nossa conversão e festejar a ressurreição do único verdadeiro Rei dos Reis. Para isso, não podemos abrir mão dos três instrumentos  indispensáveis: jejum, oração e caridade, as colunas básicas. 
 
Fonte: Panorama    

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