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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O projeto Belém em Missão

Monsenhor Raimundo Possidônio


A missão da Igreja é evangelizar! Isso está escrito no nosso Plano de Pastoral (Pag. 7). Descobri que está também no documento de Aparecida (n. 30). Coincidências à parte, o que muito dignifica nosso Plano, descobri que o documento aparecidiano tem cerca de 145 citações da palavra missão. O documento de Aparecida, portanto, é uma verdadeira mina a ser explorada para ajudar nossa caminhada missionária. Se colocado em prática haverá uma verdadeira revolução pastoral em nossa Igreja. Mesmo antes de Aparecida - pois o nosso Plano é resultado da Assembléia de 2006 e foi lançado no incio de 2007 - já estamos dentro das linhas traçadas pela Assembléia continental. Damo-nos conta da importância de nosso projeto arquidiocesano Belém em Missão. “A Diocese, em todas suas comunidades e estruturas, é chamada a ser uma “comunidade missionária”. Cada Diocese necessita fortalecer sua consciência missionária, saindo ao encontro daquele que ainda não crêem em cristo no espaço de seu próprio território e responder adequadamente aos grandes problemas da sociedade na qual está inserida”.(DA 168).
Daí ser necessária uma verdadeira conversão: “A conversão pastoral de nossas comunidades exige que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária. Assim, será possível que “o único programa do Evangelho siga introduzindo-se na história de cada comunidade eclesial” (NMI 12) com novo ardor missionário, fazendo com que a Igreja se manifeste como uma mãe que nos sai ao encontro, uma casa acolhedora, uma escola permanente de comunhão missionária.” (DA 370). Esse projeto vida transformar nossa diocese numa diocese missionária a começar por todas as paróquias: Aparecida fala da “renovação missionária das paróquias” (DA 173). Pois se não nos convertermos pode acontecer o que vaticina o belo documento: Nossa maior ameaça “é o medíocre pragmatismo da vida cotidiana da Igreja na qual, aparentemente, tudo procede com normalidade, mas na verdade a fé vai se desgastando e degenerando em mesquinhez”. Uma fé católica reduzida a conhecimento, a um elenco de algumas normas e de proibições, a práticas de devoção fragmentadas, a adesões seletivas e parciais das verdades da fé, a uma participação ocasional em alguns sacramentos, à repetição de princípios doutrinais, a moralismos brandos ou crispados que não convertem a vida dos batizados, não resistiria aos embates do tempo”.
O Belém em Missão, embora reconheça o valor de outros projetos de missionariedade, foi constituído em vista da necessidade que temos de evangelizar a cidade de Belém comtodos os seus desafíos. 
Anunciar a Jesus Cristo em todos os lugares e a todas as situações de vida de nossa metrópole significa um envolvimento de todos os batizados, despertando o ardor missionário a começar pelos párocos/presbíteros dos agentes de pastoral: devemos acreditar que a missão é uma questão de coração, mas a preparação teológica, a espiritualidade e a garra apostólica são de fundamental importância (DA 201) ou seja, são necessários gestos simples e quotidianos: com exceção dos eventos festivos e populares, a animação missionária é feita muito mais de criatividade na catequese, nas liturgias dominicais, nos grupos de oração, nas pastorais, no atendimento paroquial, no estilo apostólico, mas também nas visitas e presença nas casas, junto aos doentes, jovens, crianças, trabalhadores...
Lembro ainda que em 2008 o Conselho Arquidiocesano de Pastoral assumiu colocar a missionariedade como integrante de todos os segmentos que atuam na Arquidiocese, e determinou que as paróquias assumam o projeto Belém em Missão como nova dimensão ao trabalho missionário, envolvendo todas as forças vivas.
 
Fonte: Conversa com meu povo    

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